A Secretaria Especial da Cultura, por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan em parceria com comunidades detentoras, lança campanha de fomento ao Patrimônio Cultural Imaterial. A ação visa promover bens registrados e produtos associados. A chamada pública para adesão segue aberta.
A campanha tem o objetivo de criar um espaço de visibilidade para detentores e suas respectivas manifestações culturais, a ação vai apresentar coletivos de detentores de vários estados com os seus respectivos contatos de telefone e redes sociais, que ficarão reunidos no site da campanha. Quem se interessar, poderá entrar nas páginas virtuais dos coletivos e adquirir produtos desses grupos, como gêneros alimentícios e biojóias produzidas por indígenas do Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro (AM) e os livretos de artistas da Literatura de Cordel (DF). A compra, o pagamento e a entrega dos artigos são realizadas diretamente entre o detentor e o comprador.
Mestres e mestras do carimbó, produtores da viola-de-cocho e grupos do teatro de bonecos popular do Nordeste são alguns dos participantes da ação “Conectando Patrimônios: redes de artes e sabores”, lançada na última quinta-feira, 18 de fevereiro. Realizada a partir da parceria entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e comunidades detentoras, a campanha visa à promoção do Patrimônio Cultural Imaterial, estimulando a venda de produtos relacionados a bens registrados em todo o Brasil.
“O Iphan, por meio da Secult, entendeu a necessidade de ações emergenciais, dentro da política de salvaguarda, para promover e viabilizar o Patrimônio Cultural Imaterial. Nesse projeto, somos mediadores entre detentores e o público em geral”, explicou a presidente do Iphan, Larissa Peixoto. “Dar visibilidade a práticas e saberes de mestres de todo o Brasil é, também, garantir a preservação do Patrimônio Cultural e, principalmente nesse momento de pandemia, estimular a qualidade de vida e a inclusão social.”
Visando promover a sustentabilidade de bens registrados como Patrimônio Cultural, a campanha é uma ação de salvaguarda inserida no Programa Nacional do Patrimônio Imaterial que, em 2020, completou 20 anos de criação.
“É uma ação que, ao reunir detentores, promove saberes e práticas realizadas em todo o Brasil. E mostra à sociedade a importância da herança cultural intangível”, avalia o diretor do Departamento do Patrimônio Imaterial (DPI), Tassos Lycurgo. “Uma das principais dimensões da campanha é apoiar a sustentabilidade das manifestações. Falamos do fortalecimento socioeconômico das comunidades para garantir a continuidade daquilo que é a história, a cultura e a identidade brasileira.”
Para viabilizar o Conectando Patrimônios, as superintendências do Iphan nos estados mobilizaram coletivos de detentores para participar da ação. Mas a chamada continua. Os grupos que tiverem interesse em participar devem entrar em contato com a superintendência do Iphan no seu estado, que dará os detalhes sobre como aderir à ação.
Fonte: Cultura