Chamar a atenção para a importância do uso de práticas artísticas, tais como desenho, pintura, escultura e música, entre outras, no auxílio ao tratamento de transtornos como o autismo e a esquizofrenia. Essa é a proposta das advogadas e integrantes do Programa de Direito Sanitário da Fiocruz, Maria Célia Delduque e Sandra Mara Alves, e da jornalista e ativista pelo direito dos autistas, Luciana Mendina, que estão desenvolvendo um documentário sobre o tema.
Nesta quarta-feira (15), elas foram recebidas pelo secretário especial da Cultura, Roberto Alvim, e pelo secretário do Audiovisual, André Sturm, ocasião em que apresentaram o projeto. Durante o encontro, Alvim disse que a arte leva a pessoa a olhar para si mesma, a se conhecer e se entender e, por esta razão, pode levar à melhora de pessoas com transtornos mentais.
Criadora da Lei nº 13.438/2017, que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a adotar protocolos padronizados para avaliar os riscos do desenvolvimento de transtornos psíquicos em crianças de até 18 meses de idade, Luciana é uma entusiasta da proposta. Mãe de um autista, ela é a prova viva de como o diagnóstico precoce e as atividades artísticas podem auxiliar no tratamento: seu filho passou no vestibular de uma universidade federal sem se utilizar de cotas. “Ele disse que era igual a todos e que, por isso, iria entrar como as outras pessoas. E passou”, disse.
O documentário, ainda sem título, não tem previsão de lançamento. “Nós precisamos chamar a atenção da população para o poder que a arte tem de ajudar estas pessoas. Nós publicamos um livro com os trabalhos artísticos de pessoas com transtornos mentais e, só de ver os trabalhos publicados, elas tiveram melhoras significativas no tratamento”, contou Maria Célia.
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Secretaria Especial da Cultura
Fonte: Cultura