Corpo de Bira será velado e depois levado para crematório

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<span class=”legend_box “>”Exemplo de dignidade, lealdade, bom humor “, disse o empresário do músico</span>
<span class=”credit_box “>Reprodução/ Rede Globo</span>
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O corpo do músico baiano Ubirajara Penacho dos Reis, mais conhecido como Bira do ‘Programa do Jô’, será velado neste domingo (22), na Funerária Morumbi. A despedida ao baixista acontecerá das 17h às 22h. Após a cerimônia, o corpo do instrumentista seguirá para o crematório da Vila Alpina. </p>
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Beto Campos, empresário do artista, falou ao <strong>R7</strong> sobre o legado que Bira deixa. “Deixa a todos nós seu exemplo de dignidade, lealdade, bom humor e profundo amor a familia, amigos, e a musica de boa qualidade.”</p>
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Carismático e dono de uma risada famosa, Bira foi durante anos baixista do Sexteto de Jô Soares na TV. <strong><a href=”https://entretenimento.r7.com/prisma/keila-jimenez/morre-aos-85-anos-bira-baixista-carismatico-do-sexteto-de-jo-soares-22122019”>O músico foi a óbito em decorrência de uma parada cardíaca</a></strong>, dias após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC).<br><br><strong>Cantor que virou baixista por acaso, Bira foi o xodó do programa do Jô</strong></p>
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Nascido em Salvador no ano de 1934, Bira nem sequer tinha a intenção de ser artista nos primeiros anos de vida.</p>
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Segundo a biografia que o músico disponibiliza no perfil da Bass Total, a ideia da família era torná-lo médico. No entanto, ele diz que mudou de ideia ao ver uma autopsia e nunca mais quis pensar naquilo.</p>
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A partir de então, Bira investiu inicialmente na carreira de cantor. Fã de jazz e bossa nova, ele passou anos como vocalista de bandas em Salvador, onde foi bastante requisitado para se apresentar na noite durante as décadas de 1950 e 1960.</p>
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A carreira começou com o grupo Quinteto Melódico Itapuã. Em seguida, ele foi convidado para cantar no quarteto da boate Montecarlo e depois no Hotel da Bahia, com o trio do pianista Jessildo Caribé, da família do pintor argentino/baiano.</p>
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Por lá, se apresentavam Elizeth Cardoso, Zimbo Trio e Wilson Simonal, entre outros grandes nomes da música brasileira. Foi lá que Bira viu o Luiz Chaves, do Zimbo Trio, e resolveu aprender melhor como tocar o contrabaixo.</p>
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Bira também participou de um dos mais emblemáticos eventos daquele período: o I Festival de Bossa Nova da Bahia, em que ainda se apresentaram os então desconhecidos Caetano Veloso e Gilberto Gil.</p>
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No fim da década de 1960, ele fez o que muitos músicos do Nordeste fizeram naquela época: ir para São Paulo ou para o Rio. No caso de Bira, a cidade escolhida foi São Paulo.</p>
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E logo depois de chegar, ele conseguiu passar em um teste do programa do Chacrinha para integrar a banda do apresentador. No entanto, como as gravações da atração passaram a ser no Rio, ele abandonou o posto e foi fazer outras coisas.</p>
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Em 1970, Bira recebeu convite para trabalhar no programa Silvio Santos, o que mudaria a vida dele.</p>
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Além de ter emprego fixo pela primeira vez na vida, o trabalho na emissora garantiria a ele o sucesso, já que foi participando da banda do Jô Soares que ele virou famoso, principalmente por sua risada, que sempre acompanhava as piadas contadas pelo apresentador.</p>
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Foi por lá também que ele conheceu o pianista Osmar Barutti, que se tornou parceiro, amigo e vizinho de Bira. Os dois montaram o Bira Bossa Jazz, banda que rodou o Brasil na última década.</p>
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Apesar dos projetos paralelos, Bira assumiu que o fim do programa, em 2016, pegou ele de surpresa. Em entrevista a Danilo Gentili em 2018, o músico comentou que sentia falta da ocupação.</p>
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“Sinto muita falta. Minha mulher fala que eu não estava preparado para o término do programa, e não estava mesmo. Tomei um soco no queixo que ainda não levantei. Eternamente vou sentir falta”, afirmou na entrevista ao The Noite.</p>
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“O Jô foi um dos maiores amigos que eu fiz na minha vida.  Tinha muito orgulho de trabalhar naquele programa. Ajudou a mudar minha vida. Fiz muitos amigos”, acrescentou.</p>
Fonte: r7 Music