Cantor que virou baixista por acaso, Bira foi o xodó do programa do Jô

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<img class=”croppable” src=”https://img.r7.com/images/bira-22122019093306193?dimensions=460×305″ title=”Bira: de cantor de bossa a baixista do Sexteto do Jô” alt=”Bira: de cantor de bossa a baixista do Sexteto do Jô” />
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<span class=”legend_box “>Bira: de cantor de bossa a baixista do Sexteto do Jô</span>
<span class=”credit_box “>Reprodução TV Globo</span>
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Ubirajara Penacho dos Reis, o Bira, ficou marcado por participar do <em>Sexteto do Jô</em> durante 25 anos.</p>
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Mas a trajetória do músico baiano que <a href=”https://entretenimento.r7.com/prisma/keila-jimenez/morre-aos-85-anos-bira-baixista-carismatico-do-sexteto-de-jo-isoares-22122019″ target=”_blank”>morreu na manhã deste domingo (22), aos 85 anos, </a>vai além do sucesso atingido pelo programa de TV.</p>
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Nascido em Salvador no ano de 1934, Bira nem sequer tinha a intenção de ser artista nos primeiros anos de vida.</p>
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Segundo a biografia que o músico disponibiliza no perfil da Bass Total, a ideia da família era torná-lo médico. No entanto, ele diz que mudou de ideia ao ver uma autopsia e nunca mais quis pensar naquilo.</p>
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A partir de então, Bira investiu inicialmente na carreira de cantor. Fã de jazz e bossa nova, ele passou anos como vocalista de bandas em Salvador, onde foi bastante requisitado para se apresentar na noite durante as décadas de 1950 e 1960.</p>
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A carreira começou com o grupo Quinteto Melódico Itapuã. Em seguida, ele foi convidado para cantar no quarteto da boate Montecarlo e depois no Hotel da Bahia, com o trio do pianista Jessildo Caribé, da família do pintor argentino/baiano. </p>
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Por lá, se apresentavam Elizeth Cardoso, Zimbo Trio e Wilson Simonal, entre outros grandes nomes da música brasileira. Foi lá que Bira viu o Luiz Chaves, do Zimbo Trio, e resolveu aprender melhor como tocar o contrabaixo.</p>
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Bira também participou de um dos mais emblemáticos eventos daquele período: o I Festival de Bossa Nova da Bahia, em que ainda se apresentaram os então desconhecidos Caetano Veloso e Gilberto Gil.</p>

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<img class=”croppable” src=”https://img.r7.com/images/bira-20122019192537388?dimensions=460×305″ title=”Bira tinha projetos paralelos à TV” alt=”Bira tinha projetos paralelos à TV” />
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<span class=”legend_box “>Bira tinha projetos paralelos à TV</span>
<span class=”credit_box “>Reprodução/Facebook</span>
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No fim da década de 1960, ele fez o que muitos músicos do Nordeste fizeram naquela época: ir para São Paulo ou para o Rio. No caso de Bira, a cidade escolhida foi São Paulo.</p>
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E logo depois de chegar, ele conseguiu passar em um teste do programa do Chacrinha para integrar a banda do apresentador. No entanto, como as gravações da atração passaram a ser no Rio, ele abandonou o posto e foi fazer outras coisas. </p>
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Em 1970, Bira recebeu convite para trabalhar no programa Silvio Santos, o que mudaria a vida dele.</p>
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Além de ter emprego fixo pela primeira vez na vida, o trabalho na emissora garantiria a ele o sucesso, já que foi participando da banda do Jô Soares que ele virou famoso, principalmente por sua risada, que sempre acompanhava as piadas contadas pelo apresentador.</p>
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Foi por lá também que ele conheceu o pianista Osmar Barutti, que se tornou parceiro, amigo e vizinho de Bira. Os dois montaram o Bira Bossa Jazz, banda que rodou o Brasil na última década.</p>
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Apesar dos projetos paralelos, Bira assumiu que o fim do programa, em 2016, pegou ele de surpresa. Em entrevista a Danilo Gentili em 2018, o músico comentou que sentia falta da ocupação. </p>
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“Sinto muita falta. Minha mulher fala que eu não estava preparado para o término do programa, e não estava mesmo. Tomei um soco no queixo que ainda não levantei. Eternamente vou sentir falta”, afirmou na entrevista ao <em>The Noite</em>.</p>
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“O Jô foi um dos maiores amigos que eu fiz na minha vida.  Tinha muito orgulho de trabalhar naquele programa. Ajudou a mudar minha vida. Fiz muitos amigos”, acrescentou.</p>
Fonte: r7 Music